Entre os possíveis procedimentos cirúrgicos do quadril, a artroscopia destaca-se por ser minimamente invasiva, sobretudo quando comparada às cirurgias abertas. Como aponta o Dr. Felipe de Paiva – médico especialista em Cirurgia do Quadril -, a artroscopia preserva o osso e músculos, causando menos dano ao quadril operado. Isso ocorre porque ela é realizada por meio de pequenas incisões, com instrumentos pouco invasivos – entre eles, a câmera chamada artroscópio -, e materiais específicos para corrigir as lesões, o que promove uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.
Entre os vários casos para os quais se recomenda a artroscopia – que podem ser tanto intra-articulares como extra-articulares -, o Dr. Felipe destaca: o impacto femoroacetabular; a lesão do lábio acetabular; as lesões da cartilagem articular; e a dor glútea profunda.
A cirurgia, que geralmente dura entre uma e duas horas e meia – a depender da patologia tratada -, é realizada sob raquianestesia e sedação ou anestesia geral, decisão que se toma juntamente ao anestesista. Além da pequena câmera inserida no quadril, o procedimento também conta com o auxílio da radioscopia, que gera imagens instantaneamente.
Recomenda-se fisioterapia já no pós-operatório, para analgesia, fortalecimento muscular e ganho de mobilidade. Quase sempre o paciente pode, já no mesmo dia do procedimento, apoiar o pé no chão com o auxílio de muletas. E geralmente, sem deixar de considerar cada caso em questão, as práticas esportivas podem ser retomadas após alguns meses.