O impacto femoroacetabular caracteriza-se pelo contato anormal da cabeça do fêmur com a borda do acetábulo, pela qual ele se encaixa na bacia. Como explica o Dr. Felipe de Paiva – médico especialista em Cirurgia do Quadril -, esta condição decorre do crescimento de uma proeminência óssea patológica, seja na estrutura do fêmur, seja na do acetábulo, ou mesmo em ambas, ocasionando o impacto entre elas.
O Dr. Felipe observa que, embora possa afetar pessoas de todas as idades, esta condição acomete principalmente pacientes entre os 20 e os 40 anos, que praticam atividades esportivas como futebol e corrida, levando à dor na região da virilha – sentida ao se fazer uma flexão exagerada do quadril – e, em alguns casos, à diminuição da mobilidade articular. Na presença de sintomas como esses, é importante procurar um médico especialista, tendo em vista que o impacto femoroacetabular pode, com o tempo, gerar outras complicações, como lesão no lábio acetabular e artrose precoce do quadril, sendo necessário, portanto, tratá-lo o quanto antes.
O método para diagnosticar a patologia passa por exame clínico – que envolve anamnese, observação da pessoa em movimento e manobras provocativas -, além de exames de imagem para confirmação, como radiografia, ressonância magnética e tomografia.
Os exames indicarão a gravidade dos sintomas e o comprometimento da articulação, tornando possível a escolha do tratamento adequado. Como aponta o Dr. Felipe, o tratamento pode ser conservador – envolvendo mudanças dos hábitos de vida, fisioterapia, fortalecimento muscular e medicamentos anti-inflamatórios -. Em casos mais graves, pode ser necessário o tratamento cirúrgico, visando à ressecção das proeminências ósseas, reparo de estruturas lesionadas, remodelamento ou reorientação.