Osteonecrose da cabeça femoral

A cabeça do fêmur é a parte da extremidade do osso da coxa que se encaixa na bacia, formando a articulação do quadril. A osteonecrose da cabeça femoral, também conhecida como necrose asséptica do quadril, designa um distúrbio na vascularização da cabeça do fêmur. Como explica o Dr. Felipe de Paiva – médico especialista em Cirurgia do Quadril -, tal distúrbio interrompe o fluxo sanguíneo na região, prejudicando, desse modo, sua oxigenação e levando, por conseguinte, a um infarto ósseo, ou seja, à necrose, ou desvitalização, do tecido ósseo.

Entre as diversas causas prováveis dessa condição, o Dr. Felipe aponta o uso de altas doses de corticóide; uso abusivo de álcool; algumas doenças autoimunes; alterações da coagulação; anemia falciforme; e ocorrência de trauma no quadril. Quanto aos sintomas, estes dependem do estágio da doença. Geralmente, observa-se dor na região do quadril, que aparece ao pisar e pode se expandir para a coxa ou o joelho. Em casos mais graves, sente-se dor inclusive durante o repouso. 

O Dr. Felipe alerta que, na presença de sintomas como esses, é importante procurar um médico especialista, pois a progressão da osteonecrose pode, com o tempo, levar ao colapso da cabeça do fêmur, a microfraturas, deformação e desgaste da articulação, causando sintomas semelhantes aos da artrose.

O diagnóstico é feito por meio de exame físico e de imagem, mais precisamente por uma ressonância magnética da região do quadril, capaz de identificar a necrose logo nos primeiros dias da interrupção do fluxo sanguíneo.

Quando a osteonecrose é diagnosticada precocemente, aumentam as chances de um tratamento bem sucedido. O tratamento conservador consiste principalmente na retirada de carga da articulação, no sentido de evitar a deformação da cabeça femoral. Para tanto, a pessoa passa a andar de muletas. Quando, porém, a necrose está ocasionando um grande edema ósseo, ou já comprometeu a cartilagem da articulação, poderá ser necessário o tratamento cirúrgico. Como nota o Dr. Felipe, a cirurgia varia de caso a caso, sendo imprescindível uma avaliação médica especializada, capaz de apontar o procedimento adequado, como a descompressão ou até mesmo a artroplastia total do quadril, ou seja, sua substituição por uma prótese.

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