Os tendões são cordões compostos principalmente por colágeno e desempenham o papel de ligar os músculos aos ossos, proporcionando estabilidade e a realização dos movimentos. A anatomia do quadril também conta com tendões, os quais, como os das outras partes do corpo, podem sofrer um processo de inflamação, resultando no que se chama tendinite do quadril. O Dr. Felipe de Paiva – médico especialista em Cirurgia do Quadril – aponta que a tendinite do quadril pode advir de fraqueza muscular, sobrepeso, desgaste da articulação, uso excessivo, intenso e repetitivo do quadril, ou até mesmo desequilíbrios, que sobrecarreguem e causem contrações e relaxamentos musculares, gerando um quadro inflamatório dos tendões.
Tendo em vista essas causas, o Dr. Felipe salienta que é possível prevenir a tendinite do quadril através de atividades físicas regulares, fortalecimento e alongamento muscular, cuidados voltados à prática esportiva e manutenção do peso corporal.
Entre os sintomas mais comuns desse tipo de tendinite, o Dr. Felipe destaca a dor na lateral do quadril, frequentemente ao dormir de lado sobre a inflamação, mas também ao fazer esforços como subir e descer escadas, ou mesmo simplesmente andar, sentar e levantar, dores estas que, com o tempo, podem causar sensação de fraqueza, redução da mobilidade, claudicação e distúrbios do sono.
Na presença desses sintomas, o Dr. Felipe recomenda buscar um médico especialista, no intuito de diagnosticar o quadro e tratá-lo adequadamente. O diagnóstico é feito por meio de exame clínico – que envolve anamnese e exame físico -, além de exames de imagem que podem ser solicitados, como ressonância magnética, ultrassom e radiografias.
O tratamento começa por repouso, aplicação de gelo no local afetado e administração de analgésicos e anti-inflamatórios. O Dr. Felipe nota ser fundamental a prática de fisioterapia, tanto para aliviar a dor como para fortalecer a musculatura e restabelecer o equilíbrio. Caso o tratamento não obtenha sucesso, pode-se proceder à infiltração, que consiste na aplicação de injeções locais. Em último caso e muito raramente, recomenda-se a cirurgia como tratamento desta patologia.